Depois de ótimos dias de missões, voltamos para nossa realidade cotidiana cheios de alegria por termos Jesus no meio de nós. Vivo e tão pleno. Mas, ao mesmo tempo que estamos tão certos dessa ressurreição, muitas vezes essa rotina acaba nos “desinflando” e fazendo com que esqueçamos das práticas que fazemos com tanto carinho na missão, mas que deveriam permanecer no nosso dia-a-dia depois dela. Assim, nosso amigo mexicano Rulo Rodríguez, fez um texto ótimo, enfatizando os cinco hábitos que um missionário deve manter depois da missão. Confira:

1. Necessidade de obras de caridade.

Nas comunidades missionadas, muitas vezes existe uma profunda pobreza e necessidade de serviços básicos. Vivem famílias completas e com carências materiais, de oportunidade de estudo, de trabalho, saúde e de desenvolvimento social. Um verdadeiro missionário descobre que a solução da pobreza não está nos modelos econômicos, mas sim, na prática da caridade, virtudes cristãs que convidam à doação desinteressada. Em poucas e simples palavras: Dar o que temos aos demais, sem nenhum interesse por detrás disso.

Por essa razão, a caridade feita nas comunidades não pode vir do governo ou da iniciativa privada, pois sabemos que ambas têm seus interesses envolvidos ao fazer essas práticas. A caridade vem do missionário, que se dá por amor e com amor.

2. Necessidade das obras de misericórdia.

Hospedar, visitar, alimentar e vestir um necessitado. Um missionário pratica isso, não somente na Semana Santa com a comunidade, mas faz isso nas pequenas ações do cotidiano, em sua casa e no meio em que se relaciona. Se dá conta que ao seu redor existe essa necessidade, nos idosos, com os parentes enfermos ou familiares que estão afastados e descartados da convivência familiar. O missionário busca realizar ações que possar ser vistas, sentidas e escutadas para gerar uma verdadeira experiência da misericórdia de Deus.

3. Necessidade de oração e mortificação.

O missionário que regressa das comunidades, não pode estar conformado e satisfeito com o trabalho de alguns dias. Se realmente há amor pelas almas, não pode esquecer as necessidade das pessoas que conheceu e abriram as portas de suas casas. Diante dos problemas tão complexos que o missionário presenciou e experimentou, se estabelece um compromisso de corresponsabilidade com as pessoas necessitadas. Por essa razão, o autêntico missionário toma o compromisso da oração e da mortificação. Uma oração mais profunda e cada vez mais desprovida do egoísmo e dos próprios caprichos, uma oração que põe como centro do diálogo com Deus o bem espiritual e material dos demais e não o próprio.

Já não se pode mais ser indiferente diante das propostas de sacrificar-se e privar-se dos nossos gostos, luxos, metas materiais e de tempo. Um verdadeiro missionário busca o sacrifício para oferecê-lo pela sua comunidade, mortifica seu corpo e sua alma como sinal de corresponsabilidade.

4. Necessidade de redescobrir a riqueza da fé.

Não basta a formação do catecismo que recebemos antes da nossa Primeira Comunhão, tampouco a formação recebida antes das missões. Um verdadeiro missionário busca se aprofundar na fé, o Evangelho se torna sua leitura diária, se preocupa por conhecer a tradição e é fiel ao magistério da Igreja. Confia nos atuais apóstolos e deixa de lado fontes de informação que não agregam em nada a vida cristã.

Introduz em sua vida o gosto pela leitura sobre os santos, a história da Igreja, encíclicas e todo o conteúdo que fortalece o conhecimento e, assim, o amor pela fé.

5. Necessidade de transmitir a fé.

Um missionário se dá conta de que falta muito por fazer. Por isso, a atividade missionária da Semana Santa é parte de sua vida, está em seu calendário anual. Se pode dizer que todo mundo escutou Jesus Cristo, mas, quantos o conhecem? Quantos, ao passar por uma procissão nas ruas, param o que estão fazendo e se colocam de joelhos? Quantos têm a certeza da Ressurreição? Quantos estão conscientes do sacrifício na cruz? Quanto são valentes que lutam com suas paixões para levar uma vida de sacramentos?

A batalha pela alma do mundo é hoje e parece que muitas vezes o mal leva vantagem. Mas o missionário é o soldado que luta para perseverar e transmitir a fé, desde seu ambiente familiar até as pessoas e comunidades que Deus vai colocando pelo caminho.

Você se anima a fazer essas práticas cotidianas?

Traduzido e adaptado do texto original: 5 necessidades en las que trabaja un misionero después de las misiones

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here