Em diversos canais de comunicação, principalmente da internet, vemos imagens de sacerdotes que acabam cometendo alguns “crimes” litúrgicos, com seus comportamentos que não correspondem com o que a Igreja Católica propõe. Assim, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, D. Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia,l afirmou que essas posturas são reflexo de uma “criatividade selvagem” e que difundem a imagem de uma liturgia exibicionista, incoerente com a identidade da real liturgia da Igreja.

Dom Armando Bucciol

D. Aramando ainda aponta que existe uma necessidade melhoria muito grande, mas ainda defende que isso não é um total desastre para a vida litúrgica nas igrejas, ainda que nas imagens e vídeos que são compartilhados indiquem isso. Muitas vezes essas informações têm uma intenção midiática e até mesmo vêm na forma de piadas de mal gosto, o que é íor ainda. Segundo a visão do bispo, a maioria dos ministros ordenados celebram com comprometimento e fé. “Se deslizes superficiais, abusos litúrgicos, expressões banais, às vezes, recebem a honra (ou desonra) da rápida e ambígua difusão mediática, tenho certeza, e experiência, de que as milhares de celebrações que acontecem pelo País são bem preparadas, vividas e ali-mentam a fé, em Jesus, de tantos irmãos e irmãs”, disse ao site da CNBB.

Contudo, esses abusos não podem ser deixados de lado ou terem desculpas. Eles são frutos de uma falta de formação sobre o real papel do ministro. Segundo D. Armando, é necessário recordas os principais princípios que deveriam nortear quem preside e quem colabora nas celebrações litúrgicas, como a lista que você confere abaixo:

1) Antes e acima de tudo, o protagonista (‘primeiro ator’) é Jesus Cristo que, no Espírito Santo, une a sua Igreja na perene louvação ao Pai, em sua entrega por amor. É Ele que deve aparecer e resplandecer, não o ‘servo’”.
2) Os ‘ministros’ são só (indignos) ‘servos’, de Cristo e da Igreja. Ninguém é ‘dono’ nesta delicada e exigente missão, que pede muitas competências e uma verdadeira ‘vida no Espírito’, isto é, oração – diálogo íntimo e eclesial com o Senhor.
3) É preciso adquirir um estilo celebrativo amadurecido, na formação teológica (‘profissional’ do ministro) e na experiência de fé, a começar pela iniciação cristã, antes, e pela vivência litúrgica nas casas de formação. A liturgia exige a compreensão do que somos e do que devemos fazer.
4) Na liturgia, não é suficiente seguir à risca as rubricas (o que é importante, mas não basta). Pede-se muito mais. Trata-se de compreender e viver ‘de dentro, o mistério pascal de Cristo, com todas as consequências que comporta, em nível pessoal e pastoral.
5) Quem preside não é um ‘ator’ (ou comediante) que deve embelezar cerimônias para entreter o seu público que, satisfeito pelo espetáculo, bate palmas e…’gostou’! Nada disso tem a ver com o que celebramos quando ‘anunciamos a morte do Senhor’!

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