Vivia na Floresta Negra um camponês chamado Hermann. Na véspera de Natal, quando voltava descuidado para casa, encontrou, caído na neve, um pobre menino que estava quase a morrer.
Penalizado com a triste situação da criança, tomou-a nos braços e levou-a para a sua modesta cabana. A mulher do camponês e seus filhos tiveram, também, muita pena do infeliz e com ele repartiram alegremente a humilde ceia que tinham preparado.
O pequeno, que a bondade daquela gente havia confortado, passou a noite na cabana paupérrima e, na manhã seguinte, sem que ninguém pudesse notar, desapareceu.
Dias depois, ao entrar numa igreja, o camponês teve a sua atenção despertada por uma estampa na qual aparecia o Menino Jesus: ele verificou, com assombro, a semelhança entre o Salvador e o pobrezinho a quem ele acudira na noite de Natal.
Não havia dúvida: o pequenino que fora socorrido e agasalhado no pobre casebre do lenhador era o Menino Jesus!
Impressionado com a descoberta, resolveu Hermann rever o lugar em que havia encontrado o Menino Jesus e verificou que haviam milagrosamente nascido, no meio da neve, várias flores de extraordinária beleza. Apanhou cinco dessas flores e levou-as à sua mulher.
Essa flor veio a ser chamada de crisântemo: do grego chrysós, “ouro”, ou Christós, “Cristo”, e ánthemon, “flor”. Ou seja: flores de Cristo ou flores de ouro (esta última é a tradução etimologicamente reconhecida; a outra é uma versão popular).