No início do mês de julho, membros do Regnum Christi de Brasília foram missionar nas regiões do Sul afetadas pelas fortes chuvas. Ao lado dos membros do RC de Caxias e de Porto Alegre, e em parceria com o Medcal e a Juventude e Família Missionária, apostolados do Regnum Christi, os missionários visitaram as casas atingidas de São Leopoldo, realizaram limpezas de entulhos, mapearam necessidades e urgências da comunidade e levaram a esperança de Cristo às famílias! Também houve atendimento médico e jurídico.
Tudo isso só foi possível graças ao trabalho do Pe. Ezequiel, pároco da Paróquia Nossa Senhora Medianeira e aos voluntários da paróquia. O Pe. Ezequiel estudou no Mater Ecclesiae e faz parte do Regnum Christi desde quando era seminarista. Sua paróquia, bem como 80% da comunidade, ficou tomada pelas águas no mês de maio.
Depois das chuvas, a paróquia foi transformada em um centro de doações para apoiar a comunidade de 44 mil pessoas, entregando roupas, água, alimentos, materiais de limpeza, camas, móveis, eletrodomésticos, entre outros materiais.
RC Volta para casa
Desde o início, os membros do RC do Rio Grande do Sul ajudaram o Pe. Ezequiel nas mais diversas tarefas. Juntos, fizeram a limpeza da paróquia para que o local estivesse apropriado para receber as doações e atender às pessoas mais necessitadas. Também realizaram a triagem e limpeza das casas da região e, assim, criaram o apostolado “RC Volta para casa”, que tem a missão de ajudar as famílias da cidade a regressarem para suas casas com dignidade.
O Pe. Ezequiel agradeceu o trabalho dos missionários. “Desde aquele dia, a família RC se fez presente. Fizeram o seu apostolado acontecer. Muito obrigado a Juventude e Família Missionária que arregaçou as mangas e foi aonde nós não conseguimos ir. Vocês foram aonde nós não temos braços para alcançar. Cada um é e foi importante nessa missão”, lembrou.
Para Jerusa Slomp, receber a visita dos missionários de Brasília foi um grande apoio. “Depois de mais de um mês vivendo essa tragédia aqui, quando estávamos cansados e quase desanimando, os membros de Brasília chegaram cheios de amor e força, dispostos a servir no que precisasse. Para mim, foi uma resposta de amor de Deus que nunca nos abandona e uma verdadeira experiência de família RC”, disse.
Apoio da Força Aérea Brasileira e da Arquidiocese Militar permite ida dos missionários até o Rio Grande do Sul
Com o apoio da Força Aérea Brasileira e da Arquidiocese Militar, Dom Marconi auxiliou os missionários de Brasília na ida até São Leopoldo/RS, onde os missionários pousaram na Base Aérea de Canoas/RS, já que o aeroporto de Porto Alegre continua fechado. No dia do embarque, em Brasília, o bispo esteve presente e deu uma benção de envio para os missionários.
Cerca de 30 jovens e adultos de Brasília participaram as primeiras missões no Rio Grande do Sul. Eles estiveram de 30 de junho a 10 de julho em São Leopoldo e foram coordenados pela Consagrada Mônica de Mattos. Há, ainda, a expectativa de que mais grupos do RC Brasília possam ir até São Leopoldo para seguir missionando e atendendo à comunidade.
Confira o testemunho dos missionários
“Nessa missão pude ver a importância da nossa casa, nós fazemos da nossa casa um lar, um lar tem lembranças em cada canto, quando se perde tudo, é como se uma parte de você fosse junto com a água. Mas muitos naquela situação, sem nada sabiam que a força que eles tinham não vinha deles e sim de Deus e reconhecer isso é a maior das fortalezas”, – Olivia Barbieri, jovem do RC
“Para mim, ir às missões no Rio Grande do Sul foi uma resposta ao sofrimento do meu próximo, mesmo me sentindo muito impotente, muito pequena e sabendo que muitas vezes eu só poderia dar um abraço e escutar o que cada pessoa estava sentindo”, – Isabela Valente, jovem do RC
“Passar essa semana em São Leopoldo foi muito marcante, talvez uma das missões que deixaram uma marca profundíssima na minha vida. Ajudar as pessoas a reconstruírem suas casas foi significativo. Cada caminhão que descarregávamos com colchões, camas, água, eletrodomésticos; era para mim uma resposta para a “sede” daquelas pessoas que estavam sedentas de uma única coisa: reconstruir suas vidas. E claro que ainda que levássemos bens materiais, a nossa presença também era de algum modo, um consolo espiritual de que Cristo não estava a margem daquele sofrimento, mas estava com Eles. Ao final ouvir, abraçar, sorrir, chorar…Cada ação não passava despercebida, mas contribuía para que a “sede” desses nossos irmãos pudesse ser um pouco mais saciada: seja a sede de bens, mas sobretudo, de um Deus presente”, Marlon Florencio, jovem do RC
“Foi uma missão humanitária intensa, diferente de todas as outras. Foi uma experiência ímpar, um testemunho de amor! Volto com o coração apertado, porém feliz em ver tanta esperança, recomeços e amor. Fizemos pouco, porém esse pouco foi o muito de alguém. Como diz um morador, “cada parte da casa vai ficar um rosto de vocês, faz-me acreditar que ainda existe humanidade no mundo”. Levarei para sempre cada abraço, cada choro e cada família. Passamos frio, teve o cansaço e dores, mas eu viveria tudo isso novamente”, Hellen Xavier, nutricionista e membro do Medcal
“Fui de última hora e sem saber o que faria, com quem e para quem. Com pessoas muito especiais, distribuí amor em forma de tercinhos, abraços, orações ou mesmo com um “bom dia!”. Ajudei a limpar uma casa cheia de lama, mato e entulho. O que recebi foi muito mais amor do que eu dei, de quem foi junto, de quem já estava lá, de quem nem sei quem é. Minha fé em Deus foi fortalecida, minha gratidão, multiplicada! Obrigada, meu Deus”, Tatiana Marrara, psicóloga e membro do Medcal
“Participar das missões no Rio Grande do Sul foi desafiador, mas principalmente, transformador. Ver a resiliência, solidariedade e esperança em Deus nos rostos de quem visitamos, mesmo em meio a tantas adversidades e perdas, colocou em perspectiva para mim o que é verdadeiramente importante. Saio sendo alguém melhor. E isso, só o encontro com o diferente pode proporcionar” Carolina Oliveira de Paiva, psicóloga e membro do Medcal
“Como membro do RC, sair em missão no Sul foi aceitar o chamado a vencer os medos e incertezas com abraços de cada um dos que entregamos um terço, uma roupa ou um colchão. E renovar o coração com o sentido do amor ao próximo. Não tive dúvidas de que tínhamos que ir encontrar as pessoas que encontramos”, Daniela Moretti, senhora do RC
“Depois que vi as notícias sobre as enchentes, fiquei muito tocada. Eu sabia que tínhamos que fazer algo mais. Tínhamos que abraçar essas pessoas. Assim, comecei a motivar os jovens. Os membros do RS também nos motivaram com seu testemunho. Com a graça de Deus tudo foi se ajeitando. Agradeço a FAB pelo apoio nesse sentido. Já temos mais de 70 pessoas interessadas e já foram quase 30 missionários. Espero que mais membros possam seguir fazendo missões no RS para apoiar na reconstrução desse estado tão amado por nós”, Mônica de Mattos, Consagrada do Regnum Christi
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