Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao sumo-sacerdote e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém, os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho (cf. Atos dos Apóstolos 9, 1-2).

Pergunta que nos interroga, sensibiliza e abre uma grande lacuna. Por que Deus escolheu um perseguidor? Existe tanta gente boa. Vamos conhecê-lo primeiro, para poder entender o porquê da pergunta. Saulo era natural de Tarso, da Cilícia, filho da tribo de Benjamim, a mesma do rei David. Filho de comerciantes ricos, cidadão romano, ligado à seita dos fariseus, aluno do renomado rabino Gamaliel, zeloso defensor da Torá. Ele era fariseu, filho de fariseu. Nascido entre o ano 5 e 10 da Era Cristã. “Circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreu; quanto à Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível” (Filipenses 3, 5-6).

Quem era Saulo?

Israelita orgulhoso, alma de fogo e coração íntegro, ainda jovem, quando era conhecido apenas por seu nome judeu de Saulo. Ele se dedica, com sagrada paixão, ao serviço de Deus, observando rigorosamente a religião de seu povo. Educado na cidade de Tarso e instruído aos pés de Gamaliel, segundo o rigor da Lei, zelador de Deus. Saulo fora educado para ser fariseu. Moldado intimamente por uma tradição à lei, que o Judaísmo conservava fanaticamente; impulsionado pelo entusiasmo impetuoso da mocidade; abrasado em ânsias de proselitismo próprio do judeu, julgou que tinha missão religiosa para cumprir, combater o Cristianismo até destruí-lo. Por considerar essa religião uma traição ao Judaísmo, perseguia os seguidores de Cristo, porque, eles tinham abandonado a Lei Mosaica para seguir um tal de Jesus, sobre o qual um monte de fanáticos cristãos pregavam e diziam que havia ressuscitado dos mortos.

“Quanto a mim, achei que devia empregar todas os meios para combater o nome de Jesus, o Nazareno. Foi o que fiz em Jerusalém: encarcerei um grande número de santos, tendo recebido autorização dos chefes dos sacerdotes; e, quando eram mortos, eu contribuía com meu voto. Muitas vezes percorrendo todas as sinagogas, por meio de torturas quis forçá-los a blasfemar; e, no excesso do meu furor cheguei a perseguir-los até em cidades estrangeiras” (Atos dos Apóstolos 26, 9-11).

 

Fonte: Formação Canção Nova

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