Na tarde do sábado, 9, pela imposição das mãos do Cardeal Scherer, 8 seminaristas foram ordenados diáconos
“Enviai sobre eles, Senhor, nós vos pedimos, o Espírito Santo que os fortaleça com os sete dons da vossa graça, a fim de exercerem com fidelidade o seu ministério”.
Em silêncio e ajoelhados no presbitério, oito jovens seminaristas ouviram este trecho da prece de ordenação diaconal, proferida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, na Catedral da Sé, no sábado, 9 de julho. Quatro deles eram Legionários de Cristo.
A prece e a imposição das mãos pelo Arcebispo Metropolitano constituíram a parte central do rito de ordenação dos agora Diáconos Seminaristas Jonathan Aparecido Lopes Gasques, 29, Pedro Paulo Pereira Funari, 33, João Henrique Funari Fouto, 29, e Felipe Batista da Silva – da Arquidiocese de São Paulo – e Celso Júlio da Silva, LC, 30, João Paulo Jäger, LC, 30, Sérgio Rafael Mourão da Silva, LC, 30, e Flávio Lopes de Oliveira, LC, 30, dos Legionários de Cristo.
Diante da Catedral repleta de fiéis, o Cardeal Scherer afirmou, no começo da missa, ser esse um momento de “grande alegria, fé e gratidão a Deus pelas vocações”, mas, também de oração por novas vocações sacerdotais.
O Pe. André Delvaux, LC, Diretor Territorial dos Legionários de Cristo, nos recorda que “embora, ainda não sejam presbíteros, os novos diáconos devem participar do pastoreio de Cristo, buscar uma configuração mais plena com o Mestre e viver de modo ainda mais perfeito Sua caridade, seja pelo que se tornaram, seja pelo que Deus ainda está por fazer neles”.
Ele continua: “a ordenação desses nossos 4 irmãos – e a de outros vários ao redor do mundo – nos enche de entusiasmo e de esperança. São um sinal de que o Senhor não abandona seu povo, continua nos abençoando e enviando em missão; e nos recorda a todos que as vocações consagradas são fruto de uma longa colaboração com a graça de Deus, de uma família generosa que ensinou a fé a seus filhos, de um grande desprendimento de um jovem que renunciou a muitas coisas para seguir o Senhor e de um grande investimento de tempo e recursos para formar esse homem. Toda a Igreja precisa desses futuros sacerdotes, e todos os futuros sacerdotes precisam de toda a Igreja para que as vocações consagradas floresçam e deem os frutos que Deus quer e o mundo tanto precisa”.
Além dos Legionários de Cristo, também estiveram presentes algumas consagradas e membros leigos do Regnum Christi.
NO SERVIÇO DO ALTAR, DA PALAVRA E DA CARIDADE
Na homilia, o Arcebispo explicou que no início da Igreja, os apóstolos, movidos pelo Espírito Santo e desejosos de dedicar mais tempo à oração e à pregação da Palavra, escolheram sete homens de bem para ajudá-los no serviço diário, em especial no cuidado como os mais pobres. Estes são os diáconos.
“Os diáconos são constituídos para o serviço do altar, da Palavra e de caridade”, ressaltou Dom Odilo, apontando, ainda, que essas três dimensões do servir são indissociáveis na vida do diácono, o primeiro grau da ordem presbiteral.
“Sem o exercício da caridade, o exercício da Palavra se torna barulho vazio, como dizia Santo Agostinho. Sem a caridade, a Eucaristia perde o sentido. Assim, não se pode separar uma coisa de outra”, afirmou, pedindo aos fiéis que rezem constantemente pelos novos diáconos, os vocacionados e todos os ministros ordenados, “para que sejamos fiéis ao dom e a missão que nos foi dada, para que possamos servir bem ao povo de Deus e para a edificação da Igreja viva. Servir a Igreja na Eucaristia, na Palavra e na caridade”, destacou.
O RITO
O rito de ordenação começou após a proclamação do Evangelho, com a apresentação dos candidatos ao diaconato. Um padre formador do Seminário de Teologia Bom Pastor, da Arquidiocese de São Paulo, e outro dos Legionários de Cristo, chamaram nominalmente cada um dos candidatos, para que confirmassem a opção de se colocarem a serviço do povo de Deus.
Após a homilia, os eleitos para ordem diaconal assumiram publicamente perante o Arcebispo as exigências do ministério diaconal: ser consagrado ao serviço da Igreja; desempenhar, com humildade e amor, o ministério diaconal como colaborador da ordem sacerdotal; guardar o mistério da fé e proclamá-la por palavras e atos; guardar para sempre o celibato; perseverar e progredir no espírito de oração; e imitar, sempre na vida, o exemplo de Cristo. Além disso, cada um dos eleitos ao diaconato prometeu respeito e obediência ao Arcebispo e a seus sucessores.
Na sequência, com os diáconos prostrados no presbitério, ocorreu a Ladainha de todos os santos, após a qual se seguiu a imposição das mãos e a prece de ordenação feita pelo Arcebispo.
Depois, cada um dos novos diáconos vestiu a estola e dalmática, como sinal do serviço ministerial para o qual foram ordenados. As vestes foram levadas a cada um deles por um familiar ou pessoa próxima escolhida pelo ordenando, que teve a ajuda de um padre para vesti-la.
Já de volta ao presbitério, os 8 novos diáconos receberam do Arcebispo o livro dos Evangelhos e, na sequência, o abraço da paz, primeiro de Dom Odilo, e, depois, dos demais bispos e padres concelebrantes.
GRATIDÃO E MISSÃO
Na parte final da celebração, o Diácono Felipe leu uma mensagem de agradecimento aos formadores, familiares e ao Arcebispo Metropolitano, em nome dos novos ordenados da Arquidiocese, e o mesmo fez o Diácono Celso Júlio, LC, pelos Legionários de Cristo.
Por fim, Dom Odilo entregou a cada um deles a cruz missionária, destacando a importância das missões para toda a Igreja, e deu a bênção final aos novos diáconos, a todo o povo de Deus presente na Catedral da Sé e aos seminaristas da Arquidiocese, que no domingo, 10, concluirão a Missão de Férias, iniciada no dia 3 em diferentes paróquias.
ORDENAÇÃO DO DIÁCONO PABLO LORENZO, EM BARCELONA
Também no dia 09 de julho, foi ordenado, em Barcelona, o diácono Pablo Lorenzo, que irá trabalhar em Brasília, como diretor do ECYD masculino.