Arquidiocese de Brasília e Juventude Missionária levam esperança para os cemitérios do Distrito Federal no dia de Finados

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Depois de não poder realizar as tradicionais Missas nos cemitérios do Distrito Federal no ano passado por conta das restrições ocasionadas pela pandemia, neste ano de 2021, a Comissão de Finados voltou a promover as Celebrações por toda a Arquidiocese, contando com novidades. Além das tradicionais Missas durante todo o dia, o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, enviou os seminaristas da Arquidiocese, juntamente com membros de diversos movimentos, incluindo o Regnum Christi e a Juventude Missionária de Brasília, para levar, aos familiares e amigos que visitavam os túmulos de seus entes queridos, uma mensagem de esperança, um momento de oração e a presença da Igreja. A Juventude Missionária do Rio de Janeiro também realizou missões no cemitério do Pechincha.

O dia de missões em Brasília 

Durante todo o dia, os seis cemitérios que estão localizados no Distrito Federal contaram com Missas, atendimento de confissões, momentos de oração e orientação espiritual.

O dia de celebrações foi encerrado com a Missa presidida por Dom Paulo Cezar no fim da tarde, no Cemitério Campo da Esperança. Contando com a presença de inúmeros fiéis e dos seminaristas e missionários que evangelizaram durante todo o dia, Dom Paulo levou ao povo uma mensagem de alegria e esperança na reflexão sobre a morte. O Arcebispo lembrou que neste tempo de pandemia muita gente perdeu entes queridos e não tiveram oportunidade de velá-los e sepultá-los. Dom Paulo lembrou que todas as pessoas têm o direito a este ritual que faz parte da vida humana, mas a pandemia tirou até isso das pessoas.

Em sua homilia, o arcebispo que celebrou pela primeira vez a comemoração de Finados na arquidiocese afirmou que “é preciso deixarmos com que a esperança da fé, a certeza da fé ilumine esse tempo. Jesus disse “eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim não morrerá’. Jesus afirma que ele é vida, que ele é ressurreição, isso implica dizer que ele venceu a morte. Essa é a nossa certeza!”

O testemunho do pastor em relação a morte

Durante a homilia, Dom Paulo fez uma reflexão a partir de uma vivência pessoal de sua infância que tocou a muitos fiéis: “Vocês podem perguntar: Dom Paulo, por que morremos então? A única certeza que temos é a que morreremos. A própria filosofia entrou em crise quando se deparou com essa questão com essa realidade, de que o ser humano morre. Me lembro quando era criança quando perguntei para minha mãe, na primeira vez que me dei conta de que todo mundo morria. Eu fui elencando as profissões e perguntando ‘médico morria?’, ‘se professor morria?’, ‘se padre morria?’, ela disse que morria. E foi aí que tive a minha grande crise em relação a morte. Ela disse que não tinha jeito de escapar da morte, que todo mundo morria. Mas é só a ressurreição de Cristo que nos tira desse ciclo, que abre a nossa existência ao absoluto de Deus, onde nós sepultamos o corpo, mas o ser humano é mais do que o corpo, o ser humano vai além da sua corporeidade. Mesmo quando entregamos o corpo, o ser humano sobrevive, o ser humano vai além da morte. A morte se torna para o homem e a mulher de fé uma passagem para o definitivo de Deus. Essa é a grande certeza que deve sustentar a nossa caminhada.”

A experiência da missão em um dia de saudade

Este foi o primeiro ano em que os seminaristas passaram o dia nos cemitérios em missão oficial, evangelizando, rezando e auxiliando no serviço litúrgico nas Missas. A convocação foi feita pelo próprio Arcebispo que desejou que os rapazes que estão sendo formados para o sacerdócio tivessem essa experiência com os fiéis em um momento de saudade em todos os cemitérios da capital.

Além dos seminaristas, estiveram presentes membros do Movimento Regnum Christi com a juventude e família missionária, fiéis da Renovação Carismática Católica, membros da Comunidade Católica Shalom, além dos agentes da Pastoral da Esperança da Arquidiocese e do COMIDI.

O coordenador dos seminaristas da Arquidiocese, Lucas Soares, afirmou que “a missão proporcionou aos seminaristas um novo ânimo no que se refere a vida pastoral. Depois de um tempo longe das paróquias foi perceptível a falta disso em nossa vida interior. É próprio da natureza da vida cristã o apostolado, então esse foi um momento propício para reacender o amor pelo anúncio do amor de Cristo, de se fazer presente como Igreja na vida das pessoas nesse momento difícil que tivemos recentemente.” Já o seminarista Gabriel Dias, responsável pela missão no cemitério do Gama partilhou que “foi uma experiência muito enriquecedora para todos nós, pois pudemos sentir de perto a dor das famílias enlutadas, em especial as que perderam tantos parentes durante a Pandemia do Covid-19. Foi bonito ver que, após o anúncio de Cristo e a oração pelos fiéis defuntos, todos se sentiam, de alguma forma, confortados pelo próprio Senhor.”

O testemunho dos fiéis comprovou a eficácia da iniciativa. O senhor José Renato, emocionado, disse que “Deus nos prova sempre sua bondade. Hoje estávamos no cemitério, no túmulo da minha mãe e da minha prima e Ele nos enviou dois anjos seminaristas que fizeram uma bela oração conosco, nos ajudaram a deixar o dia mais leve. Muito obrigado pela iniciativa. Já a senhora Vitória lembrou que “senti saudades desta celebração porque ano passado não aconteceu por conta da pandemia. Foi muito bonito ver esse tanto de seminaristas e missionários ajudando a gente a rezar.”

Ao final da última Missa do dia, o coordenador da Comissão de Finados, Padre Silas César, agradeceu a todos os que colaboraram para que o evento acontecesse da melhor forma possível. O padre lembrou as administrações dos cemitérios do Distrito Federal, as secretárias de estado da segurança e da justiça, bem como, a pastoral da esperança e demais grupos da Igreja que colaboraram. O coordenador também agradeceu o entusiasmo e confiança de Dom Paulo Cezar com os trabalhos afirmando que isto tem empolgado clero e fiéis a servirem com mais empenho e alegria.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/arquidiocese-de-brasilia-leva-esperanca-para-os-cemiterios-do-distrito-federal-no-dia-de-finados/

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