5 dicas para saber se minha entrega a Deus tem sido real

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5 dicas para saber se minha entrega a Deus tem sido real

Viver uma vida de entrega a Deus vai além de um sentimento poético ou uma prática oracional. Estamos falando de confiar inteiramente o passado, o presente e, sobretudo, o futuro nas mãos de Deus. “Vosso Pai que está nos céus sabe do que precisais” (Mt 6, 32b). Deus trata o homem como um pai que cuida de seu filho e não deixará faltar o necessário. Eis o que deve alimentar a oração e o cotidiano de quem se entrega a Deus.

Mas como saber se estou rendido a Deus e ao seu plano de amor? Separamos 5 dicas que podem ajudar você a saber se sua entrega é real.

1 – Confie seu passado à Misericórdia de Deus

Compreender que Deus faz tudo com e por amor – inclusive quando permite que passemos por experiências dolorosas – cura profundamente nosso passado e nos reconcilia com nossa própria história. O contrário, no entanto, gera ansiedade, nos faz gastar energia e tempo precioso que poderíamos usar para percorrer novos caminhos e novas experiências  que a vida oferece. Rouba não só alegrias, mas tempo valioso para ser feliz.

Não saber entregar o passado nos torna controladores, desconfiados e amargurados. Destrói relações presentes, nos faz julgar de forma injusta e alimentar sentimentos de culpa e frustração.

2 –  Tenha esperança diante das tribulações da vida

Há situações muito dolorosas na vida, mas que também não conseguimos entregar em função da nossa falta de confiança em Deus. Pode ser um projeto que tínhamos e que já não é mais possível, um ente querido que faleceu, um emprego ou um cliente que perdemos ou alguma cirurgia que mudou drasticamente nossa vida.

Nestes casos, entregar significa vivenciar e sofrer esses momentos com esperança e procurar as oportunidades que nos abre cada situação.  

3 – Seja livre diante daquilo que você não pode mudar

São Paulo diz: “Tudo colabora para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8, 28), inclusive experiências ou situações injustas, incompreensíveis ou amargas. Tudo contribui para o bem dos que amam a Deus. A pergunta que temos que nos fazer não é “por que perdi isto ou aquilo?”. A pergunta é “o que Deus está querendo fazer a partir disto em minha vida?”, “Qual é o significado do acontecido?”, “Quais novas oportunidades se abrem na minha vida?”.  

Viver a entrega é ter esta atitude de olhar para frente, ao invés de ficar remoendo o que não conseguimos mudar. Quando descobrimos novas realidades que se nos apresentam, muitas vezes nos damos conta que por trás do acontecido existia um plano de amor de Deus.  

4 – Busque uma espiritualidade de abandono diante da Providência Divina

Entregar significa colocar nosso tempo e energia em coisas que, de fato, podemos controlar e que podem mudar nossa vida e toda nossa realidade. Contudo, a vida não é feita de coisas controláveis, e nenhum de nós pode dizer que sabe o que será de seu dia amanhã. Portanto, é necessário uma vida de espiritualidade de total abandono nas mãos de Deus.  

Um exemplo: em um dado momento da vida, uma senhora extraiu um pulmão por causa de um câncer. Ela poderia ter ficado toda a vida lamentando sua perda e as coisas que já não podia fazer por conta da limitação.  

Em vez disso, soube entregar o pulmão, confiar em Deus e olhar para frente. Todos os anos celebrava o dia em que superou a cirurgia e se curou definitivamente do câncer. Busca aproveitar cada minuto de sua existência para dar graças a Deus, amar seus entes queridos e gastar seu tempo em ajudar e dar esperança a aqueles que enfrentam a doença por primeira vez.

Ela soube enfrentar seus medos, compreender que a vida está nas mãos de Deus, que nós não temos o controle e que a única que podemos fazer é entregar as coisas ruins à Providência Divina e aproveitar cada nova oportunidade que tivermos para ser feliz.  

5 – Coloque-se como criança diante do Pai do Céu

Santa Teresinha do Menino Jesus, a doutora da infância espiritual, soube ensinar a muitos uma vida de total entrega e abandono nas mãos do Pai. Usava os momentos de sofrimento e dificuldade como oportunidade de amar a Deus e seus irmãos. Não exigia nada, e confiava cegamente que o Senhor que amava não lhe permitiria nenhum sofrimento maior que suas forças, ou que não fosse oportunidade de salvação para sua alma. Queria ser como criança nas mãos de Deus, assim como o próprio Jesus ensinou a seus discípulos quando queriam repreender crianças que estavam lhe buscando. “Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim; porque a pessoas assim é que pertence o Reino dos céus” (Mt 19, 14)

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